sexta-feira, 30 de setembro de 2011

III Festival do Filme Etnográfico premia cinco produções em quatro categorias

Logo após a exibição dos filmes ontem (dia 29), às 21h40 foi realizada a premiação da terceira edição do Festival do Filme Etnográfico do Recife. O júri composto por Renato Athias (UFPE), Alexandre Figueiroa (Unicap), Cláudio Pereira (UFBA), Laura Graham (U. de Iowa – EUA), Renato Sztutman (USP) e Paride Bollettin (U. de Perugia – Itália) realizou a entrega de cinco prêmios em quarto categorias.

O filme de João Castello Branco, O Corte do Alfaiate (Brasil, 2009), ganhou o prêmio de Melhor Filme Etnográfico. O júri destacou a qualidade do registro, a profundidade da pesquisa e a sensibilidade no trato com os personagens durante o longa.

Na categoria de Melhor Documentário, o filme premiado foi Gisèlle Omindarewá (Brasil, 2009) de Clarice Peixoto. O júri ressaltou o engajamento da realizadora na pesquisa sobre a trajetória singular da personagem principal, que atravessou mundos diversos e se tornou uma figura central para as religiões afrobrasileiras.

Neste ano, dois filmes obtiveram Menção Especial do Júri. Em primeiro lugar, o júri destacou o filme Capa de Índio (Brasil, 2010), de Aelson Pataxó que, de modo bem humorado, reflete sobre a problemática das relações cotidianas entre turistas e Pataxó de Porto Seguro. O segundo filme foi Kotkuphi (Brasil, 2010), de Isael Maxakali . O júri apreciou o olhar interno, singular e poético que este filme lança sobre o processo de realização do ritual da mandioca, dos Maxakali de Minas Gerais.

Encerrando a noite, o prêmio de Júri Popular, categoria na qual o público vota no filme preferido, foi para Coco de improviso e a poesia solta no vento (Brasil, 2011), de Natália Lopes Wanderley.

A III edição do Festival do Filme Etnográfico é uma realização conjunta dos programas de pós- graduação em Antropologia e pós-graduação em Comunicação da UFPE. O festival conta também com parceiros internacionais como o departamento de Antropologia Visual do Goldsmith London Univesity, o FIFEQ (Canadá) e o ControSguardi da Univesidade de Perugia (Itália). Esse ano foi formado uma nova parceria com o Laboratório de Imagem e Som em Antropologia - LISA da USP. Todos os filmes premiados nesta edição irão ser exibidos em mostras promovidas pelo ControSguardi na Itália.

Este ano foram mais de 80 inscrições, sendo 18 filmes selecionados para a mostra competitiva e cerca de 50 aproveitados em mostras paralelas que ocorreram na UFPE e na Aliança Françesa. A mostra competitiva do Festival ocorreu do dia 26 a 29 deste mês no Cinema da Fundação. Segundo a comissão organizadora, o Festival vem crescendo e ganhando importância. Este ano as mostras na Fundaj tiveram um considerável aumento de público em relação aos anos passados.

Última noite do festival lota sala do cinema e arranca aplausos

A última noite do Festival do Filme Etnográfico do Recife começou cedo. Antes de abrirem as portas do Cinema da Fundação, uma grande fila já estava formada.  Como em todas as noites desta edição, a sala ficou cheia para assistir à exibição dos quatro últimos filmes da mostra competitiva e depois receber a notícia dos premiados em cada categoria.

Mbaraká – a palavra que age, primeira exibição da noite, foi muito bem recebido pelo público e conseguiu passar a sua mensagem de luta dos povos indígenas e de uma cultura baseada nos cantos e na tradição oral, tão esquecida pela sociedade contemporânea.  Ao fim, a poesia visual de Mbaraká arrancou aplausos da plateia.

Logo em seguida começou a exibição de Três Guardiões do Axé Pernambuco, primeiro pernambucano da noite, levou. O resgate da história dos principais defensores da cultura e religião afro-brasileiras foi apresentado como uma homenagem ao Pai Edu, falecido pouco depois das gravações.



O terceiro filme exibido na noite foi Kotkuphi. Produzidos pelos índios Maxakali e de um intimismo singular, somos convidados a participar da colheita, da limpeza e do preparo da mandioca, uma festa chamada yãmîyxop na aldeia deles em Minas Gerais.    

Por último, o público pôde se encantar com o universo pouco explorado do coco de improviso com o filme Coco de improviso e a poesia solta no vento. O filme de Natália Lopes Wanderly, produzido esse ano e também pernambucano, mostrou uma bela fotografia e um belo trabalho de edição. Este filme, assim como todos os outros da noite, também arrancou aplausos.

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Terceira noite do Festival Etnográfico traz religião, sabedoria popular e cultura de rua para as telas


A primeira parte da terceira noite do Festival do Filme Etnográfico do Recife foi dedicada às religiões e às crenças. Três filmes que abordavam tais temáticas de forma bem diferentes foram apresentados ao público em sequência. Foi os casos de A ciência encantada, Gisèle Omindarewá Peregrinos.

Primeira exibição da noite e também a mais intrigante, A ciência encantada apresentou ao público do festival os mistérios de uma crença presente no litoral sul da Paraíba e que é pouco conhecida. Com uma fusão de depoimentos, paisagens e imagens de rituais, o diretor Chico Sales conseguiu levar ao público um pouco da cosmologia e da mistura de crenças contida na "mágica" da Jurema Encantada, uma espécie de tradição que mistura cristianismo, religiões africanas, crenças indígenas e até feitiçaria para compor a "ciência encantada" que tanto falam os personagens.

O segundo filme da noite foi o longa Gisèle Omindarewá. O documentário de Clarice Peixoto nos traz a vida da francesa erradicada no país há décadas que pratica o camdoblé como mãe-de-santo. Com uma história impressionante, a própria Gisèle conta os episódios mais marcantes de sua vida e sua imensa paixão pela África e pela cultura africana. O filme também traz depoimentos interessantes das pessoas mais próximas de Gisèle; são falas dos 'filhos' do terreiro assim como dos amigos em Benin, na Africa.

O terceiro filme exibido na noite foi Peregrinos, de Adeilton Costa. O filme tem como temática a peregrinação de fiéis a cidade do Juazeiro do Norte, no Ceará. De forma a trazer à tona toda a aura da catarse religiosa, além do problema da pobreza presente na região, o filme procura retratar a vida de diversos personagens que praticam esse costume.

Toda qualidade de bicho é um curta de Angela Gomes e Cezar Moraes que expõe o artesanato por trás da cultura popular do Boi de Máscaras do litoral do Pará através da figura de Antonio dos Reis. Mais conhecido como “Mestre Dorrês”, o mestre artesão nos conta sua história e sabedoria além de revelar o drama da falta de pessoas no ramo.

Por último, Lá do leste, de Rose Satiko e Carolina Caffé, revela a realidade do maior complexo de conjuntos habitacionais populares da América Latina, o bairro de Tiradentes, no leste de São Paulo. De forma um pouco fragmentada, o filme procura relatar os problemas desse espaço através de falas de indivíduos residentes, assim como retrata a cultura de rua bastante presente. O hip hop, o rap e o graffiti misturados à religiosidade crescente montam o panorama do lugar.


Mostra Competitiva IV (29/09)


Coco do improviso e a poesia solta no vento - 25'
Direção:
Natália Lopes Wanderly/Brasil/2011

Adiel Luna, 26 anos, poeta repentista, encontra três exímios repentistas de coco: Zeca do Pandeiro, Leôncio Bernardo e Ruy Pereira. O tempo que separa suas gerações não impede a sagacidade de suas trocas de versos, nem a continuidade do brinquedo.

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Mostra Competitiva III (29/09)


Mbaraká - a palavra que age - 26'
Direção: Edgar Teodoro da Cunha/Brasil/2011

O filme aborda o universo dos cantos Kaiowá por meio dos aspectos performáticos da palavra, da sonoridade, do gesto, da dimensão onírica e de volição mobilizada pelo canto. Se a palavra pode ser história, mito e narrativa, ela sem dúvida também é poesia, e seus aspectos estéticos são parte integrante de sua eficácia dessa forma o filme parte dos aspectos poéticos da palavra Kaiowá buscando a criação de uma dimensão visual, de uma poética própria que dialogue com a palavra Kaiowá em sua pluralidade expressiva.

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Mostra Competitiva II (29/09)


Kotkuphi – 30’
Direção:
Isael Maxakali/Pajé Filmes/Brasil/2011

A colheita, o preparo do alimento, o canto e todas as demais atividades envolvidas na realização de um yãmîyxop, o ritual, em homenagem ao yãmîy "espírito") da mandioca.

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Mostra Competitiva (29/09)


Três guardiões do Axé Pernambuco – 32’
Direção: Luca Pacheco/Brasil/2010

Documentário sobre Tia Zeza, Sr.Walfrido e Pai Edu, os três representantes mais idosos do Axé de Pernambuco. Os três guardiões contam suas experiências de vida, marcadas pela espiritualidade afro–brasileira. É o último testemunho de Pai Edu, gravado poucos meses antes de sua partida. Uma homenagem da comunidade afro de Pernambuco.

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quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Quem é mesmo Gisèle Omindarewa?




A diretora Clarice Peixoto trouxe para a terceira edição do Festival do Filme Etnográfico do Recife a história de uma personagem bastante curiosa. Gisèle Omindarewa é francesa, com raízes na burguesia parisiense, mas é também uma mãe de santo respeitada do candomblé carioca. De pele muito branca e olhos azul claro, dificilmente associaríamos Gisèle à religião de origem africana, se a encontrássemos na rua, não fossem as roupas e acessórios próprios dos ritos de fé.


No filme, a personagem passeia pelas recordações da infância, conta de forma bastante emotiva o percurso de envolvimento com o candomblé e relembra suas viagens e seu laço com o continente africano. As imagens, por sua vez, casam depoimentos de Gisèle e de alguns amigos com fotografias e cenas de cultos e oferendas, além de passagens do cotidiano de comunidades da África. 

Crítica e muitas risadas na segunda noite do FFER


Numa noite de casa cheia e de muitos filmes – seis no total - , o público que compareceu ao auditório da Aliança Francesa e ao cinema da Fundação pôde presenciar uma rara mistura de humor e crítica alternados a cada exibição. Para começar a noite com a surpresa anunciada aqui no blog hoje cedo, o auditório da Aliança Francesa recebeu estudantes, cineastas e demais interessados que puderam presenciar a exibição do documentário Zo`e, do fotografo e cineasta francês Serge Guiraud, que também aproveitou para lançar a sua exposição fotográfica com mesmo tema. Ao retratar a vida dos índios da isolada tribo Zo`e, no coração da Amazônia, Serge levantou a questão do reconhecimento do índio apenas como o ser primitivo, sem contatos com a “civilização”. A reflexão apontada no filme gerou um debate entre o diretor do filme e o público presente.



Coincidência ou não, outro filme da noite também levantou questões parecidas e aproveitou o espaço para fazer uma crítica sobre a idéia de que o índio de verdade precisa ser aquele ser “puro” e sem contato com outras culturas. Utilizando-se de uma estética comum das filmagens de turismo, o documentário “Capa de índio“ conseguiu unir crítica e humor nas doses certas.


Outro destaque da segunda noite do FFER ficou por conta do excelente “Ovos de dinossauros na sala de estar” que conseguiu prender a plateia atenta e aos prantos (de tanto rir) do início ao fim. Com um roteiro genial e uma performance digna do Oscar, o filme deu o tom de leveza à noite, que ainda contou com os documentários “Aperreio”, “O corte do alfaiate” e  “Estranho amor”.

Impressões sobre a primeira noite

Após uma breve cerimônia de abertura, com a presença do organizador Renato Athias, apoiadores e parceiros, a primeira noite da mostra competitiva teve início com o curta “Djero encontra Iketut em Bali”. O filme retrata o encontro de balineses que vivem realidades distintas (urbana e rural), porém suas imagens fragmentadas pelas escolhas de edição não colaboram para um bom entendimento da história. A narrativa recorre a um rico material de arquivo e propõe um pequeno paralelo com a experiência dos pesquisadores Mead e Bateson.

Em seguida, a sessão continuou com o documentário “Jopói, todos juntos”. O filme nos mostra a força do idioma guarani no Paraguai e nos faz refletir sobre a questão da preservação da cultura indígena de forma mais ampla. Reunindo depoimentos de especialistas e dos cidadão paraguaios sobre a relação com a língua, “Jopói” promove um encontro entre o público e as raízes daquele país.

 


O último filme da noite foi "Quindim de Pessach". A produção nos revela a riqueza da culinária judaica trazida pelos imigrantes e a de que forma ela se adaptou à cozinha brasileira. O pesquisador Olindo Estevam entrevista judeus brasileiros e as cozinheiras que trabalham em suas famílias para nos relatar como ocorreu esse encontro de sabores.

Mostra Competitiva V (28/09)


Gisèle Omindarewa – 71’
Direção: Clarice Peixoto/Brasil/2009

Gisèle Omindarewá é francesa e mãe de santo no candomblé do Rio de Janeiro. Oriunda da burguesia parisiense (pai militar e professor, mãe concertista), ela vive há muitos anos na Baixada Fluminense, do Rio de Janeiro. O filme procura reconstituir a sua trajetória através das lembranças da sua infância e juventude, da sua participação na resistência francesa ao lado do pai, da sua vida africana como mulher de diplomata, da sua iniciação no candomblé nos anos 1960 e, principalmente, da sua atuação como mãe de santo na Baixada Fluminense. São momentos de sua história individual que se cruzam com a vida coletiva no terreiro de Santa Cruz da Serra.

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Mostra Competitiva IV (28/09)


Lá do leste - 28'
Direção: Rose Satiko e Carolina Caffé/ Brasil/2010

Lá do Leste, do lugar onde a cidade termina (ou começa), chegam rimas, gestos e cores que marcam o espaço. O filme segue a vida e as transformações do street dance, do grafite e do rap neste lugar que é considerado o maior complexo de conjuntos habitacionais populares da América Latina, espaço marcado pela exclusão, no qual a população orquestra suas dificuldades com dinâmicas próprias de sociabilidade, moradia, e apropriação do território.

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Mostra Competitiva III (28/09)


Toda qualidade de bicho - 10
Direção: Ângela Gomes e Cezar Moraes/Brasil/2011

Documentário sobre o trabalho, história de vida e sabedoria de Antonio dos Reis, o “Mestre Dorrês”, principal mestre artesão que confecciona os bois da manifestação folclórica Boi de Máscaras, espécie de boi–bumbá que ocorre há quase um século como parte das festas juninas, na pequena cidade de São Caetano de Odivelas, litoral nordeste do Pará. Mestre Dorrês é o único mestre popular que domina essa arte, e com mais de 80 anos e com a saúde frágil, enfrenta o dilema de como e para quem deixar o legado.

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Mostra Competitiva II (28/09)


Peregrinos - 17'
Direção: Adeilton Costa/Brasil/2010

Peregrinos é um registro observativo das experiências vividas pelas pessoas que visitam todos os anos a cidade do Juazeiro do Norte – CE em peregrinação religiosa, com uma abordagem mais intimista, o filme busca mostrar essa atmosfera de religião e penitência de forma que o espectador possa experimentar um pouco dessas sensações, além de trazer à tona a questão da miséria que assola muitos ali, o contraponto dos que chegam e dos que ficam.

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Mostra Competitiva (28/09)


A ciência encantada - 20'
Direção: Chico Sales/Brasil/2010

Um documentário sobre percepções e impressões acerca dos encantos e mistérios de uma praia, inserida na cosmologia da Jurema Sagrada, no litoral sul da Paraíba.

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Fórum de Debates

Galera, tá acontecendo neste exato momento o III Fórum de Debates sobre Filme Etnográfico, no 15º andar do CFCH. Na mesa de debate temos a presença de Alexandre Figueiroa – UNICAP, Cláudio Pereira – UFBA, Laura Graham - Universidade de Iawoa, Paride Bollettin – U. Perugia
 e Renato Sztutman – USP.

A mediação dos debates fica por conta de Lara Amorim (UFPB).

Para quem não está em Recife ou simplesmente não pode comparecer pessoalmente ao evento, está disponível para acesso o link para acompanhar os debates pela internet. O link é: http://www.nutes.ufpe.br/streaming/index.php?streaming=http://150.161.30.13:9090/indigena&pps=indigena.swf&service=nutes

Para participar do debate com perguntas, basta enviá-las para lavufpe@gmail.com

terça-feira, 27 de setembro de 2011

Na Aliança Francesa

Hoje,  às 17h, haverá a cerimônia de abertura da exposição Zo’é, os homens da última fronteira de Serge Guiraud, na Aliança Francesa (Rua Amaro Bezerra, 466 - Derby - Recife)

Em seguida, às 17h30, o filme homônimo será exibido no mesmo local. Apesar da sessão não ser realizada na Fundaj, o filme também integra a Mostra Competitiva. Às 19h30, as exibições seguem normalmente no Cinema da Fundação.     


Zo’e - os homens da última fronteira (27’/Serge Guiraud/França/2009)
Ainda hoje, existem, escondidos nas florestas da Amazônia, homens vivendo num isolamento quase completo. Os Zo’e fazem parte das 43 etnias identificadas pela FUNAI vivendo esquecidas ou mantendo contatos esporádicos com a nossa sociedade. Uma população de 245 pessoas se divide em várias aldeias dentro de um território de 642.000 hec. Os Zo’e têm um modo de vida que mostra como foi a vida dos primeiros homens a colonizar a Amazônia.

Mais um ano

O documentarista premiado Gabriel Mascaro, que, inclusive, foi o vencedor do festival no ano passado com o longa-metragem "Um lugar ao sol", participa novamente do evento, mas fora da mostra competitiva. Este ano, estão sendo exibidos dois filmes de sua produção nas mostras paralelas. O curta-metragem "As aventuras de Paulo Bruscky" compõe o programa "Imagens e sons da cidade", enquanto "Avenida Brasília Formosa" será projetado no programa "Narrativas, vida e cotidiano". O público terá que escolher entre uma das produções, já que os dois programas passam hoje, concomitantemente, a partir das 14h.


Recentemente, o cineasta divulgou uma iniciativa de distribuição dos DVDs do filme "Um lugar ao sol" voltada para os membros do campo da educação. O filme está chegando aos educadores junto a um material pedagógico e os dois itens são gratuitos. Qualquer interessado pode solicitar o seu exemplar através do email umlugaraosolfilme@gmail.com e utilizá-lo em salas de aula, debates de cineclube e atividades de ONG. Uma versão digital em pdf do material pode ser baixada gratuitamente em: http://bit.ly/phFO8A 

Mostra Competitiva V (27/09)


Estranho amor - 20'
Direção:
Lucia Caus/Brasil/2010

Em Estranho Amor, mulheres reais contam como se entregaram de corpo e alma, fizeram loucuras, sofreram e sorriram por seu sentimento incontrolável. Um documentário que emociona pela eloquência das histórias e faz rir e chorar com a simplicidade do amor.

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Mostra Competitiva IV (27/09)



Ovos de dinossauro na sala de estar – 12’
Direção: Rafael Urban/Brasil/2011

Ragnhild Borgomanero, 77 anos, estudou fotografia digital e fez cursos de Photoshop e Premiere para manter viva a memória de seu falecido esposo, Guido, com quem reuniu a maior coleção particular de fósseis da América Latina.

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Mostra Competitiva III (27/09)



Capa de índio - 24'
Direção: Aelson Pataxó/Brasil/2010Â

Capa de índio é uma reflexão cinematográfica sobre o turismo na aldeia dos índios pataxó de Coroa Vermelha, no extremo sul da Bahia. Os diretores indígenas seguem com sua câmera os visitantes e exploram a visão, por vez estereotipada, dos visitantes sobre os moradores da Reserva. O diálogo entre o ”branco“ e o índio revela as dificuldades de aproximação, e mostra a necessidade de procurar novas formas de divulgação da vida dos povos indígenas do nordeste. O filme é resultado de uma oficina de vídeo organizada em parceria com o Ponto de Cultura Pataxó de Coroa Vermelha.

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Mostra Competitiva II (27/09)


O corte do alfaiate - 70'
Direção: João Castelo Branco/ Brasil/2011

Entre paletós e calças que são riscados, cortados e montados, o filme mostra a alfaiataria com suas transformações, tensões entre moda e tradição, inovações tecnológicas e manutenção da técnica artesanal. Um oficio permeado pelas dificuldades de transmissão de seus saberes e pela falta de mão de obra especializada, entre uma estrutura de trabalho que remete às antigas corporações de ofício e os profissionais autônomos dos dias de hoje.

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Mostra Competitiva (27/09)


Aperreio – 20’
Direção: d'Oty Luz e Humberto Capuci/Brasil/2010

Gravado em diversos municípios no interior do Maranhão, o documentário APERREIO, retrata a interferência das mudanças climáticas na vida das pessoas. Através da poesia e sabedoria popular, propõe uma reflexão sobre o atual modelo de desenvolvimento econômico e as consequências das ações de degradação praticadas em nome desse modelo.

Confira a programação completa do festival, incluindo as mostras, oficinas e debates, clicando aqui

Mostras paralelas

Enquanto não chega mais uma sessão da mostra competitiva, é possível conferir na manhã e tarde de hoje (27/09) as programações paralelas do festival. De 9h às 12h, vai estar rolando a mostra "Narrativas, vida e cotidiano", no auditório do CCSA, e a mostra "Comunidades tradicionais e identidades", no auditório I de Antropologia do CFCH. No turno da tarde, das 14h às 17h, teremos outros filmes da categoria "Narrativas, vida e cotidiano", desta vez do auditório III de Antropologia. Também haverá, nesse mesmo horário, exibições das mostras "Imagens e sons na cidade", no auditório do CCSA, e "Ritual, religião e práticas tradicionais", no auditório I da Antropologia.  

Vejam informações detalhadas da programação de hoje aqui.

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Mostra Competitiva III (26/09)


Quindim de Pessach – 26’
Direção: Olindo Estevam/Brasil/2010

“Quindim de Pessach” retrata um rico encontro entre a cultura judaica e brasileira através da culinácria, retratando o modo como este saber foi transmitido pelas matriarcas judias para suas brasileiríssimas cozinheiras, que aprenderam com elas não apenas as receitas destes pratos carregados de tradição, mas também todos os costumes – simbólicos, festivos e religiosos – relacionados à comida.

Confira a programação toda do festival, incluindo as mostras, oficinas e debates, clicando aqui.  

Saiu no jornal...

No caderno Viver (Diário de Pernambuco):

Mostra Competitiva II (26/09)


Jopói, todos juntos – 53’
Direção: Miguel Vassy/Paraguai/2009

No Paraguai, os "indígenas" guaranis deixaram um importante legado cultural: seu idioma, falado por 80% da população não–indígena. Apesar dessa presença essencial na identidade do povo paraguaio, os indígenas são negados e cercados por uma sociedade que não os reconhece. "Jopói", uma viagem pelas terras paraguaias, em busca das raízes indígenas do “guaraní”, um idioma destinado a perdurar.

Confira a programação completa do festival, incluindo as mostras, oficinas e debates, clicando aqui.

Mostra Competitiva (26/09)




Djero encontra Iketut em Bali – 11’
Direção: Carmem Rial e Miriam Grossi/Brasil/2011

Este vídeo apresenta o encontro entre dois balineses que habitam mundos muito diversos: Dejero, chauffer em um hotel, acostumado com o intenso fluxo de turistas na Ilha, e Iketut, morador de um pequeno povoado no alto das montanhas, Desa Bayung Gedé, famoso na Antropologia por ter sido o local onde Mead e Bateson realizaram suas pesquisas em Bali. Iketut, hoje um idoso de 70 anos, foi o bebê protagonista de um dos principais filmes de Mead sobre o parto nesta comunidade.

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Saiu no jornal...

No caderno Programa (Folha de Pernambuco):

Saiu no jornal...

No Caderno C (Jornal do Commercio):

domingo, 25 de setembro de 2011

Convite para abertura


Clique na imagem para ampliar. 

Lembrete

Aos inscritos nos cursos e oficinas do festival, seguem os locais e horários para que ninguém se atrase, nem se perca:

Curso de Introducão à Antropologia Visual
Coordenação: Sílvia Martins
9h às 12h - CFCH - UFPE
Auditório III de Antropologia - 13º Andar


Oficina de Captação em vídeo para documentários
Coordenação: Glauco Machado
9h às 12h – CFCH – UFPE
Auditório I de Antropologia - 13º andar


Introdução ao cinema de Jean Rouch
Coordenação: Laécio Ricardo
14h às 17h – CFCH – UFPE
Auditório de Antropologia (sala 1306)

Homenagem a um clássico


O filme "Aruanda" será o homenageado do festival este ano. Mais que reverenciar a obra que inspirou o movimento do Cinema Novo, o evento lança luz sobre um importante nome do audiovisual brasileiro: Linduarte Noronha. Para saber um pouco mais sobre o diretor, vejam a entrevista que ele concedeu ao programa "É tudo verdade", apresentado por Amir Labaki.

Início dos trabalhos

Bem vindos ao Blog do Festival do Filme Etnográfico do Recife. Nesta terceira edição tentaremos deixar todo mundo informado sobre o que rola no festival. Sinopses, resenhas, entrevistas e curiosidades sobre os filmes, os diretores, os organizadores e sobre o público. Tudo você vai encontrar aqui no blog. Estamos iniciando hoje os trabalhos e esperamos que vocês gostem!


Bom festival!